A analise abaixo foi feita por Luiz Vabo e nos traz a reflexão sobre qual deles é o mais adequado para o cenário econômico atual, confira!
1) Retomada: reconquista, recuperação, ação ou efeito de voltar a possuir alguma coisa.
2) Reconstrução: construir de novo, reedificar, formar novamente, renovar, voltar à constituição original, refundar.
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Logo no seu início (abril/maio de 2020), a crise econômica global gerada pela pandemia do coronavírus suscitou reflexões e analogias com os impactos gerados pela grande depressão americana no início da década de 30 (consequência do crash de 1929) e também com o estado de terra arrasada em que se transformou a Europa ao final da segunda guerra mundial, já no final da década de 40.
Ambos os cenários foram marcados por dois planos econômicos icônicos, tão ou mais conhecidos do que as crises que o provocaram, um para a reconstrução da economia americana, o New Deal, e o outro para reconstrução da economia europeia, o Plano Marshall. Como se sabe, os dois planos foram criados, implementados e custeados majoritariamente pelos EUA, mas envolveram dezenas de outros países.
Em ambos, a pegada foi de reconstrução, não de retomada.
E o motivo é simples: não se retoma o que não existe mais. Sobre o que deixou de existir, reconstrói-se...
E este parece ser exatamente o caso atual, em especial para os segmentos econômicos mais afetados pela pandemia, entre eles, o segmento de gestão de viagens corporativas, atividade refém do transporte e da convivência de pessoas.
E a reconstrução de qualquer coisa depende fundamentalmente de aceitar-se que não existe mais a coisa anterior, destruída que foi pela tempestade perfeita, a crise de demanda e de oferta que se abateu sobre estes segmentos (sem clientes e sem produtos) durante e, muito provavelmente, após esta pandemia.
Estamos quase encerrando este fatídico ano e seguimos sonhando com a retomada de algo que não existe mais: as viagens corporativas como eram até 2020.
Fala-se em reedição do efeito Kodak (ou efeito Xerox), mas eu acredito que esta analogia não se aplica, pois as viagens corporativas não serão totalmente substituídas como o foram a fotografia analógica e o sistema reprográfico.
Mas está claro que as motivações para uma viagem corporativa mudaram e mudaram muito, o que tende a impactar o volume de negócios, gerando uma concorrência (ainda mais) predatória entre os players desta cadeia produtiva.
Para os heroicos sobreviventes desta difícil travessia, tão turbulenta quanto desafiadora, restará encarar um oceano vermelho, repleto de tubarões e com bem menos peixes disponíveis.
Estou seguro que a indústria de gestão de viagens corporativas será reconstruída em cima de novas bases e de novos conceitos:
1) Incorporando novos produtos e serviços do interesse do cliente corporativo, e/ou
2) Valorizando aqueles serviços que sempre foram prestados, mas que não eram cobrados por estarem embutidos nas transações de intermediação, até então mandatórias da atividade: bilhete aéreo e hospedagem, principalmente.
É hora de usar e abusar da tecnologia e valorizar o uso inteligente da informação, a consultoria produtiva e a gestão efetiva de recursos, aquela que agrega valor como resultado financeiro para o cliente, seja com eficácia nos processos, redução de tempo e/ou economia de dinheiro.
No final das contas, é isso que sempre fez e continuará fazendo a diferença.
Via: Luiz Vabo